Nota de Pesar: Paulo Richer

Postado em 08/07/2023
Leila Guimarães

Formada em Marketing e Pós-Graduada em Big Data e Marketing Intelligence pela PUC. Se especializou em Neurociência aplicada à Comunicação pela ESPM e atuou desde 2010 com Marketing Digital para o setor cultural e Político. Em 2016 iniciou os estudos de prevenção de fake news nas mídias digitais e apresentou uma palestra para a ONU sobre o tema. Na Memória da Eletricidade, atuou nas estratégias digitais e assumiu em 2023 a gerência de comunicação. 

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Com profundo pesar a equipe Memória da Eletricidade lamenta o falecimento de Paulo Richer.

Richer nasceu em Visconde do Rio Branco, Minas Gerais, no dia 20 de setembro de 1926. Ingressou em 1945 no Instituto de Química do Paraná, transferindo-se no final do ano para a Escola Nacional de Química da Universidade do Brasil, formando-se em 1948 Iniciou sua trajetória profissional no Laboratório de Produção Mineral do Departamento Nacional da Produção Mineral - DNPM do Ministério da Agricultura. Em 1955, foi aprovado em concurso público para o cargo de tecnologista-químico do DNPM. Em 1957, fez curso de Introdução à Engenharia Nuclear no Instituto de Engenharia Atômica da Universidade de São Paulo - USP, estagiando nos centros nucleares de Mol, na Bélgica, e Saclay, na França. No final de 1960, foi nomeado pelo governador do Rio Grande do Sul, Leonel de Moura Brizola, membro do grupo de trabalho encarregado de estudar as possibilidades de utilização da energia nuclear para complementação da oferta de energia elétrica naquele estado.

Paulo Richer foi chamado a trabalhar no gabinete do ministro das Minas e Energia, Gabriel de Resende Passos, recebendo a missão de conduzir o processo de constituição da Centrais Elétricas Brasileiras S. A. - Eletrobras. No mês seguinte, foi nomeado presidente do grupo de trabalho encarregado da atualização de dispositivos legais relacionados à constituição da Eletrobras, elaborando o estatuto da empresa, sendo esta constituída em 11 de junho de 1962 como holding do setor elétrico federal.

Atuou como membro da Comissão de Nacionalização das Empresas Concessionárias de Serviços Públicos – Conesp. Ainda na Eletrobras, participou de negociações com líderes parlamentares e dirigentes das empresas de energia elétrica que conduziram à aprovação da Lei nº 4.156, de novembro de 1962. A nova legislação assegurou o aumento de capital da Eletrobras, que passou a abranger também uma participação minoritária nas empresas estaduais.

Seu trabalho no MME contribuiu para o lançamento, no final de 1985, do Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica - Procel e do Plano de Recuperação do Setor de Energia Elétrica - PRS. Foi membro do Conselho de Administração da Itaipu Binacional e do Conselho de Administração da Companhia Auxiliar de Empresas Elétricas Brasileiras - Caeeb, entre 1985 e 1988. Representou o Brasil em reuniões da Organização Latino-Americana de Energia - Olade, realizadas no Uruguai, em dezembro de 1985, e na Argentina, em novembro de 1986. Após deixar a Secretária-geral do MME, retornou à iniciativa privada.

A história de sua vida está documentada em nosso acervo e no livro, lançado em 12 de junho deste ano.




Leila Guimarães

Formada em Marketing e Pós-Graduada em Big Data e Marketing Intelligence pela PUC. Se especializou em Neurociência aplicada à Comunicação pela ESPM e atuou desde 2010 com Marketing Digital para o setor cultural e Político. Em 2016 iniciou os estudos de prevenção de fake news nas mídias digitais e apresentou uma palestra para a ONU sobre o tema. Na Memória da Eletricidade, atuou nas estratégias digitais e assumiu em 2023 a gerência de comunicação.