José Marcondes Brito de Carvalho nasceu em Brasópolis, Minas Gerais, no dia 1° de março de 1931. Graduou-se em Engenharia Elétrica e Mecânica no Instituto Eletrotécnico de Itajubá, no ano de 1954, especializando-se na área de Operação de Sistemas Elétricos na Électricité de France - EDF, em 1959. Iniciou sua carreira profissional na Companhia Hidro Elétrica do São Francisco - Chesf em 1955, como chefe da Seção de Proteção e Provas. No ano seguinte, chefiou a Seção de Despacho de Carga da Usina Hidrelétrica Paulo Afonso I. Em 1957, foi trabalhar na Servix Engenharia S. A., tendo chefiado a montagem elétrica da Usina Hidrelétrica Lucas Nogueira Garcez, também denominada Usina Hidrelétrica Salto Grande. Transferindo-se em 1958 para São Paulo, passou a trabalhar na organização e implantação das Usinas Hidrelétricas do Paranapanema - Uselpa.

Chefiou, de 1960 a 1963, o Departamento de Operação. Em janeiro de 1964. começou a trabalhar na Centrais Elétricas Brasileiras S. A. - Eletrobras, tendo integrado o Grupo de Trabalho de Sete Quedas - GTSQ. Em agosto de 1965, deixou a Eletrobras e, no mês seguinte, ingressou na Centrais Elétricas de Urubupungá - Celusa, tornando-se chefe do Departamento de Montagem Elétrica e Mecânica da Usina Hidrelétrica Eng. Souza Dias, também denominada Usina Hidrelétrica Jupiá, onde permaneceu até novembro de 1966. Com a criação da Companhia Energética de São Paulo - Cesp em dezembro do mesmo ano, integrou os quadros da nova estatal.

Em fevereiro do ano seguinte, quando da composição da primeira diretoria efetiva da empresa sob a presidência de Lucas Nogueira Garcez, José Marcondes Brito de Carvalho passou a ocupar a chefia do Departamento de Operação, órgão da Diretoria de Operações, permanecendo nessa função até março de 1971, quando assumiu a Diretoria. Ainda nesse ano, assumiu a coordenação técnica internacional do Sub Comitê de Operação e Manutenção de Sistemas Elétricos da Comissão de Integração Elétrica Regional - Cier, no Uruguai, função que exerceu até 1972. Nesse mesmo ano, passou a integrar o Conselho de Administração de Furnas Centrais Elétricas S. A. Permaneceu na diretoria da Cesp até abril de 1974, quando retornou à Eletrobras para assumir a Diretoria de Gestão Empresarial. Em 1976 essa diretoria passou a se chamar Diretoria de Operação de Sistemas, por sugestão do próprio titular, uma vez que a denominação anterior não mais correspondia às atividades então desenvolvidas pelo órgão. No mesmo ano, José Marcondes Brito de Carvalho passou a integrar o Conselho de Administração da Cemig.

De março de 1977 a abril de 1989, foi membro do Conselho de Administração da Companhia Estadual de Energia Elétrica - CEEE. Em fevereiro de 1978, tornou-se membro do Conselho de Administração da Companhia Hidrelétrica do São Francisco - Chesf. Do ano de 1982 a 1987 voltou a integrar o Conselho de Administração da Cemig. De abril de 1985 a agosto de 1988 integrou o Conselho de Administração da Cesp e, de agosto de 1987 a fevereiro de 1989, o mesmo órgão na Eletronorte. Nesse mesmo mês passou a integrar o Conselho de Administração da Eletrobras. Como diretor da Eletrobras, organizou, implantou e dirigiu o Grupo Coordenador para Operação Interligada - GCOI, responsável pela definição e acompanhamento do uso racional e otimizado dos recursos energéticos das diversas usinas geradoras que compõem o sistema elétrico interligado brasileiro, incluindo a Usina Hidrelétrica Itaipu.

Organizou e implantou o Comitê de Distribuição - CODI, o Comitê Coordenador da Operação Norte e Nordeste - CCON, integrando as empresas de distribuição das regiões Norte e Nordeste com a Chesf e o Grupo de Apoio Técnico às Concessionárias da Região Norte - CRN. Também orientou e participou da organização e implantação da Comissão Mista de Operação - CMO da Usina Hidrelétrica Itaipu, juntamente com a Administración Nacional de Electricidad - Ande, bem como da coordenação e supervisão da interligação do sistema elétrico da Chesf com a Usina Hidrelétrica Tucuruí, da Eletronorte. Desenvolveu e implantou o projeto do Sistema Nacional de Supervisão e Coordenação da Operação do Sistema Interligado - Sinsc. Dentro do projeto do Sinsc, coordenou também a implantação do Centro Nacional de Operação do Sistema - CNOS, em Brasília. Permaneceu na Diretoria de Operação de Sistemas da Eletrobras até maio de 1990 e, logo em seguida, deixou o Conselho de Administração da Chesf e o da Eletrobras.

Assumiu o cargo de diretor-presidente da Light - Serviços de Eletricidade S. A. e, nessa condição, passou a integrar o Conselho de Administração da empresa, tornando-se vice-presidente desse órgão. Permaneceu na presidência da Light e nos demais cargos que ocupava por força daquele exercício até setembro de 1991. Também foi membro do Conselho de Administração da Eletropaulo - Eletricidade de São Paulo S. A., da Cesp e suas subsidiárias: a Companhia Paulista de Força e Luz - CPFL e Companhia de Gás de São Paulo - Comgás.