Acervo

Usina Hidrelétrica Emas Velha

09/1922
verbete atualizado em: 00/00/2017

Informações gerais

Número de registro
BC.REF-US.038
Categoria
UHE
Município/Estado
Pirassununga - SP
Localização
Região
Sudeste - SE
Latitude
22° 55'
Longitude
47° 22'
Potência
2.600 kW
Inauguração
00/09/1922
Operação
00/09/1922
Histórico
A Usina Hidrelétrica Emas Velha, do tipo fio d'água, localizava-se no rio Mogi-Guaçu, município de Pirassununga, estado de São Paulo. Pertencia, originalmente, à Sociedade Anônima Central Elétrica Rio Claro, de propriedade, desde 1900, da firma alemã Theodor Willie & Companhia.

Os primeiros estudos para sua construção tiveram início em 1916, quando a produção da Usina Hidrelétrica Corumbataí, também da Sociedade Anônima Central Elétrica Rio Claro, passou a ser insuficiente para atender ao crescimento da demanda de energia elétrica na região, particularmente a da Companhia Paulista de Estradas de Ferro, maior consumidora, na época, da Sociedade Anônima Central Elétrica Rio Claro.

As terras necessárias à construção da usina já haviam sido adquiridas, em 1912, da Theodor Willie & Companhia, e, em 1920, de Alberto de Almeida Prado. Em 1922, começaram os trabalhos de captação e represamento das águas do rio Mogi-Guaçu, para aproveitamento do potencial hidráulico da cachoeira das Emas.

As obras desenvolveram-se lentamente devido às chuvas ocorridas no período, ocasionando cheias constantes e, também, pela ocorrência de maleita entre os trabalhadores. Os trabalhos constaram da construção de barragem do tipo gravidade, a montante da cachoeira, cujo desnível era de 7 metros. Das comportas da barragem saía o canal adutor, escavado em rocha, diretamente para a câmara das turbinas.

A usina foi concluída em setembro de 1922. Sua linha tronco de transmissão, que partia para o município de Rio Claro, era de 12.000 volts e 50 c/s.

Entrou em operação, inicialmente, com três grupos geradores, com potência de 600 kW cada, sendo, o primeiro e o segundo, compostos de turbinas S. Morgan Smith tipo Francis, eixo vertical, 1.000 hp, e geradores Westinghouse de 750 kVA, e o terceiro, com 1.400 kW de potência, por turbina F. Neumayer, tipo Propeller, eixo vertical, 1.925 hp, e gerador Asea (Allemänna Suenska Elecktriska Atiebolaget) de 1.750 kVA.

A construção da usina permitiu a substituição da energia elétrica anteriormente comprada de outras empresas e o fornecimento para o município de Pirassununga, em vista da concessão adquirida da Sociedade Anônima Central Elétrica São Valentim, em 1923.

Em 1933, foi elaborado projeto de ampliação da usina, mas sua execução realizou-se apenas em 1943, com a construção de nova escada de peixes, mais moderna e adequada, com volume de 820 metros cúbicos, totalmente em cimento armado.

Em 1966, a Companhia Hidrelétrica do Rio Pardo (Cherp), que controlava a Sociedade Anônima Central Elétrica Rio Claro, foi incorporada à Centrais Elétricas de São Paulo S.A. (Cesp), criada neste mesmo ano, passando a usina ao controle desta empresa.

A usina encontra-se desativada desde 1967, passando a abrigar um museu.

Em 1997, passou ao controle da Elektro - Eletricidade Serviços S.A. (Elektro), empresa resultante da transformação da concessionária anterior.
Situação atual
Usina desativada em 1967.