Personalidades do Setor
Aureliano Chaves
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Nome
Aureliano Chaves
Antônio Aureliano Chaves de Mendonça
Nome para referências
CHAVES, Aureliano
Nascimento
13/01/1929
Falecimento
30/04/2003
Local de nascimento
Três Pontas - MG
Local de falecimento
Belo Horizonte - MG
Verbete

Antônio Aureliano Chaves de Mendonça nasceu em Três Pontas, Minas Gerais no dia 13 de janeiro de 1929. Bacharelou-se em Engenharia Elétrica e Mecânica em 1953, pelo Instituto Eletrotécnico de Itajubá. Em 1958, concluiu um curso sobre Organização Racional do Trabalho na Faculdade Fluminense de Engenharia, em Niterói, Rio de Janeiro. Aureliano Chaves teve relevante papel no setor de energia brasileiro atuando no âmbito político, nas esferas regional e federal.

Foi engenheiro-chefe da Prefeitura Municipal de Itajubá e professor no mesmo instituto onde se formou. Transferiu-se para Belo Horizonte onde foi professor de transmissão de energia elétrica, no Instituto Politécnico da Universidade Católica de Minas Gerais.

No ano de 1962 integrou, como diretor-técnico, a primeira diretoria da Eletrobrás, indicado por José de Magalhães Pinto, à época, Governador de Minas Gerais..

Filiado à União Democrática Nacional, foi suplente de deputado estadual em Minas Gerais e deputado eleito à legislatura, de 1963 a 1967. Com a instauração do bipartidarismo, em 24 de novembro de 1965, filiou-se à Aliança Renovadora Nacional - Arena. 

No governo de José de Magalhães Pinto, chefiou as secretarias de Educação e de Viação e Obras Públicas de Minas Gerais.

Candidatou-se a deputado federal pelo estado de Minas Gerais. Foi eleito e assumiu em 1967, permaneceu no cargo até o fim do mandato, em 1975. Dentro desse período, viajou para Viena, na Áustria, para participar, como observador, da Conferencia Internacional de Energia Atômica, presidiu a Comissão de Minas e Energia da Câmara dos Deputados e a comissão mista que estabeleceu as normas de venda de energia da Usina Hidrelétrica Itaipu.

Como vice-presidente da República, foi indicado pelo presidente João Batista de Oliveira Figueiredo para presidir a Comissão Nacional de Energia (1979-1984), órgão voltado para a formulação de alternativas aos problemas gerados pela crise mundial do setor.

No governo de José Sarney Costa, ocupou o cargo de Ministro das Minas e Energia, entre março de 1985 e dezembro de 1988, em substituição a César Cals de Oliveira Filho.

No primeiro ano de sua gestão, foi elaborado o Plano de Recuperação do Setor de Energia Elétrica (PRS), para o período de 1985 a 1989, com os objetivos de adequar o setor elétrico ao cumprimento das metas e objetivos expressos nos programas da Nova República, assegurando o fornecimento de energia essencial ao desenvolvimento, de promover a recuperação financeira do setor e de dotar as entidades envolvidas na problemática do setor elétrico de referência confiável que permitisse um ordenamento de ações consequente e passível de acompanhamento ao longo do tempo, contemplando os interesses dos vários grupos de agentes envolvidos. O encaminhamento do documento foi feito por exposição conjunta dos motivos pelos ministros do Planejamento, Fazenda e pelo próprio Aureliano Chaves, em novembro de 1985, que seria aprovada pelo presidente da República no mesmo mês. Com a alternativa, buscava-se contornar a gravidade da situação com que se confrontava o setor elétrico no período, diante das perspectivas de racionamento e da urgência em ajustar os cronogramas das obras então em andamento, os preços dos serviços e o relacionamento entre empresas e entidades governamentais.

Aureliano Chaves deixou o ministério em dezembro de 1988 para candidatar-se à Presidência da República pelo PFL, sendo substituído interinamente por Íris Resende Machado. Derrotado no pleito presidencial de novembro de 1989, no ano seguinte assumiu a Presidência do Conselho Consultivo da Paulo Habib Engenharia, mantendo-se, desde então, afastado da política. Em janeiro de 1999, passou a integrar o Conselho de Administração da Cemig. Também dedicou-se a atividades agropecuárias em sua cidade natal e foi membro do Comitê Brasileiro de Grandes Barragens - CBGB. 

Nacionalista, participou de campanhas em favor do monopólio do petróleo e contra a privatização das empresas estatais brasileiras, notadamente as do setor elétrico e a Companhia Vale do Rio Doce.

Publicou os livros "Átomos a serviço do progresso", "Política econômica dos governos da revolução", "Panorama energético mundial e a Petrobrás", "Ciência, tecnologia, desenvolvimento e segurança" e "Recursos humanos para o desenvolvimento: estratégias, opções, consequências".

Aureliano faleceu no dia 30 de abril de 2003, aos 74 anos, por consequência de falência de múltiplos órgãos.

Fontes: Acervo: Memória da Eletricidade ; FGV/Cpdoc: Disponível em: http://www.fgv.br/cpdoc/acervo/dicionarios/verbete-biografico/antonio-aureliano-chaves-de-mendonca

Imagem: Acervo: Memória da Eletricidade/Autor desconhecido.

Trajetória profissional
  • 1962 - 1962 - Centrais Elétricas Brasileiras - Eletrobras - Diretor Técnico.
  • 1964 - 1965 - Secretaria Estadual do Estado de Minas Gerais - Secretaria de Educação - Secretário Estadual.
  • 1965 - 1966 - Secretaria Estadual do Estado de Minas Gerais - Secretaria de Viação e Obras Públicas - Secretário Estadual.
  • 1967 - 1975 - Câmara dos Deputados Federais - Deputado Federal (MG).
  • 1975 - 1978 - Governo do Estado de Minas Gerais - Governador.
  • 1979 - 1984 - Comissão Nacional de Energia - Presidente.
  • 1979 - 1985 - Governo Federal do Brasil - Vice-Presidente da República.
  • 1985 - 1988 - Ministério de Minas e Energia - Ministro.

Participação em Conselhos

  • 1990 - Paulo Habib Engenharia - Conselho Consultivo - Presidente.
  • 1999 - 2003 - Companhia Energética de Minas Gerais - Cemig - Conselheiro de Administração.
Formação Acadêmica
  • 1953 - Instituto Eletrotécnico de Itajubá - Engenharia Elétrica e Mecânica
Identificador
16181
39127