Jorge Oscar de Mello Flores nasceu no Rio de Janeiro, então Distrito Federal, no dia 06 de maio de 1912. Iniciou sua vida acadêmica quando foi aprovado em primeiro lugar na Escola Politécnica, pela Universidade do Rio de Janeiro. Formou-se primeiramente como engenheiro geógrafo, no ano de 1930, e dois anos depois, formou-se como engenheiro civil. Obteve, em 1949, o grau de doutor em Ciências Físicas e Matemáticas. A trajetória profissional de Oscar de Mello Flores começou paralelamente a sua formação quando, no ano de 1933, exerceu o cargo de engenheiro da Divisão de Águas do Departamento Nacional de Produção Mineral do Ministério da Agricultura, onde permaneceu até o ano de 1945.

No magistério, o titular atuou como professor-assistente da cadeira Hidráulica Teórica e Aplicada da Escola Nacional de Engenharia, onde ficou até 1973. De 1940 a 1948, trabalhou como avaliador das instituições da previdência; de 1940 a 1943, atuou como assistente e diretor interino da Divisão Técnica do Conselho Nacional de Águas e Energia Elétrica. Nesse mesmo período, trabalhou no setor de obras da Coordenação de Mobilização Econômica e, seguidamente, foi escolhido como fiscal das obras financiadas pelo Banco do Brasil, acumulando com a sua atuação como diretor do Serviço de Obras do Departamento Administrativo do Serviço Público - Dasp. Dois anos depois, tornou-se membro do Instituto Brasileiro de Educação, Ciência e Cultura - IBECC. Somando-se às suas outras funções, o titular ocupou a direção da empresa Sul América Capitalização, exercendo o trabalho de perícia nas questões ligadas ao abastecimento.

Nesse mesmo contexto, em 1953, o engenheiro participou da comissão da Presidência da República, que planejava e executava serviços municipais de águas. Entre 1954 a 1958, foi membro do Instituto Brasileiro de Bibliografia e Documentação - IBBD, de 1955 a 1975 exerceu o cargo de diretor e membro do Conselho de Administração da empresa Mecânica Pesada S.A e da Termoelétrica de Charqueadas, Termochar S.A. Novamente, nesse período, Mello Flores acumulou diversas funções, acrescentando a de diretor da Sul América Seguros Terrestres, Marítimos e Acidentes de 1957 a 1978, diretor e vice-presidente do banco Lar Brasileiro e gerente da Sociedade Civil de Planejamento e Consultas Técnicas - Consultec, empresa que colaborou como um dos fundadores, em 1959.

Ainda no ano de 1958, representou entidades de classe, como por exemplo, Sindicato de Empresas de Seguros Provados e Capitalização do Rio de Janeiro, 1958 a 1969; Conselho Superior das Classes Produtoras, em 1959; no Sindicato dos Bancos do Estado da Guanabara, de 1962 a 1968; na Federação Nacional de Empresas de Seguros Privados de Capitalização, de 1964 a 1967 e na Federação Nacional dos Bancos, de 1966 a 1983. Sua atuação profissional dos anos 1960 se contextualiza com a participação política, representando os empresários e parlamentares a fim de custear atividades políticas-ideológicas em oposição à esquerda e à influência comunista. Para isso, foi fundado o Instituto de Pesquisas e Estudos Sociais - Ipes, junto aos empresários dos estados de São Paulo e Rio de Janeiro, se opondo ao governo vigente de João Goulart.

Faleceu no Rio de Janeiro no dia 31 de julho de 2000.