Personalidades do Setor
Elias do Amaral Souza
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Nome
Elias do Amaral Souza
Nome para referências
SOUZA, Elias do Amaral
Nascimento
28/06/1910
Local de nascimento
Rio de Janeiro - DF
Verbete

Elias do Amaral nasceu em Copacabana, no Rio de Janeiro em 28 de junho de 1910. Filho de Durval Egydio de Souza e Elisa Roland de Souza. Engenheiro civil e eletricista, tendo estudado e se formado pela Escola Politécnica da Universidade Federal do Rio de Janeiro, no período de 1927-1932, tendo naquela ocasião Ruy Maurício de Lima e Silva como diretor e professor da Escola.

Em 1933, devido a crise decorrente da situação dos EUA, não encontrou emprego a não ser como desenhista na R.J. Tramway Ligght & Power Co. Lá permaneceu durante o ano de 1933 e parte do de 1934, quando com mais dois colegas de turma (Togo de Mattos Pimenta e Caio de Paranaguá Moniz), organizaram a Administração de Imóveis Alpha S.A que se destinava a comprar, reformar e edificar imóveis. Em abril de 1936, transferiu-se para Petrópolis, RJ, para trabalhar como engenheiro chefe do extinto Banco Construtor do Brasil S.A, concessionário dos serviços de luz e água daquela cidade. Nesta empresa permaneceu até 1943, quando foi convidado para exercer as funções de diretor da Cia. Estrada de Ferro e Minas São Jerônimo, no Estado do Rio Grande do Sul, com escritório e sede no Rio de Janeiro. Em 1945, esta empresa, juntamente com a Cia. Carbonífera Minas de Butiá, se consorciaram e formaram o CADEM - Consórcio Administradora de Empresas de Mineração, ficando então, ambas sob a sua direção. Ocupando o cargo de Diretor Executivo do Consórcio, lá permaneceu até 1966. Durante este período, as duas carboníferas consorciadas forneceram carvão mineral para a Estrada de Ferro Viação Férrea do Rio Grande do Sul, administrada pelo Estado, assim como para as Usinas Térmicas de Porto Alegre, Pelotas e Rio Grande. A usina de Porto Alegre, cuja única fonte energética era térmica, pertencia ao Grupo Bond and Share e era administrada pelas Empresas Elétricas Brasileiras.

Nessa época, o Rio Grande do Sul organizou a Comissão Estadual de Energia Elétrica (CEEE) que pretendia monopolizar toda a produção de eletricidade do Estado. Com a Viação Férrea do rio Grande do Sul estava trocando as locomotivas a vapor por diesel, isso indicava uma provável redução do consumo de carvão. As companhias de navegação também reduziam a navegação interestadual e substituíram o combustível sólido. A Estrada de Ferro Central do Brasil e a Leopoldina Railway também estavam entrando em declínio, usando novos meios de tração em suas locomotivas. Tal situação mostrava a necessidade de tomada de providências para garantir a sobrevivência do CADEM que, então, possuía cerca de 4000 empregados. O consórcio estudou a melhor maneira de afastar essa ameaça e conseguiu que ambas as carboníferas organizassem a Termp Elétrica de Charqueada, com vistas a suprir de energia a cidade de Porto Alegre, através de uma linha de transmissão de cerca de 50 km.

Assim organizada e construída a Tech que seria movida a carvão bruto (in natura), localizada junto à Mina de Charqueada, evitando despesas de transporte e usando o carvão como era extraído dessa nova mina. A Tech, cuja autorização foi obtida pela interferência direta do Presidente Getúlio Vargas, foi duramente combatida pela CEEE, pelo Estado do Rio Grande do Sul que a considerava "grande demais", pela Sociedade de Engenharia e técnicos e por vários prefeitos de municípios vizinhos, sob a alegação de que iria encarecer o custo da energia pelo ônus dos juros e amortizações do capital nela investido. A Usina de Charqueada, com potência de 96.000 kw, pertence hoje, a Gerasul e está incorporada à rede do Estado.

Com a criação da Eletrobras, no governo Castelo Branco, foi nomeado seu presidente o engenheiro Octávio Marcondes Ferraz e este convidou o engenheiro Elias para exercer a função de Diretor de Planejamento, permanecendo neste posição até a saída do Presidente Castelo Branco. Mais tarde, foi convidado pelo engenheiro John Reginald Cotrim para ocupar o cargo de Diretor de Contratos e Suprimentos de Furnas Centrais Elétricas, o qual foi aceito com muita honra, tendo permanecido nessa função até a mudança do presidente da companhia. Elias do Amaral se aposentou após 43 anos de atividades.

Trajetória profissional

R.J. Tramway Light & Power Co.

Cargo: Desenhista na R.J. Tramway Light & Power Co.

Início: 1933

Término: 1934

Imóveis Alpha S.A.

Cargo: Administração de Imóveis Alpha S.A.

Início: 1934

Término:

Banco Construtor do Brasil S.A.

Cargo: Engenheiro-chefe

Início: 1936

Término: 1943

Cia. Estrada de Ferro e Minas de São Jerônymo

Cargo: Diretor da Cia. Estrada de Ferro e Minas de São Jerônymo

Início: 1943

Término:

Consórcio Administradora de Empresas de Mineração - CADEM

Cargo: Diretor-executivo do Consórcio Administradora de Empresas de Mineração - CADEM

Início: 1945

Término: 1966

Centrais Elétricas Brasileiras S.A. - Eletrobras

Cargo: Diretor de Planejamento

Furnas Centrais Elétricas.

Cargo: Diretor de Contratos e Suprimentos

Formação Acadêmica
  • Curso: Engenheiro Civil e Eletricista, formado pela Escola Politécnica da Universidade do Rio de Janeiro, de 1927 a 1932.
Identificador
38954