IMBASSAHY, Antônio Diretor de Produção da Cem; presidente da Coelba; presidente da Cerne; presidente da Eletrobras
Antônio José Imbassahy da Silva nasceu em Salvador (BA) no dia 12 de março de 1948. Formado em Engenharia Elétrica pela Escola Politécnica da Universidade Federal da Bahia (UFBA) em 1969, ingressou na Companhia Hidro Elétrica do São Francisco (Chesf) no ano seguinte. Em fevereiro de 1978, deixou a Chesf para trabalhar durante um ano como diretor de produção da Companhia de Eletricidade de Manaus (Cem), empresa federal integrante do grupo Eletrobrás, então responsável pelo suprimento de energia elétrica à capital amazonense. Em 1979, no início do segundo mandato de Antônio Carlos Magalhães como governador da Bahia, assumiu a presidência da Companhia de Eletricidade do Estado da Bahia (Coelba). Permaneceu no comando da concessionária pública estadual e da Companhia Baiana de Eletrificação Rural (Cober), subsidiária da Coelba, durante cinco anos.
Entre 1983 e 1984, presidiu a Associação de Empresas Distribuidoras de Eletricidade do Norte/Nordeste/Centro Oeste (Aedenne). Em 1984, assumiu o cargo de secretário de Saneamento e Recursos Hídricos do governo da Bahia por nomeação do governador João Durval Carneiro. Nessa condição, passou ocupar simultaneamente a presidência da Companhia de Desenvolvimento do Vale do Paraguaçu. Exerceu essas funções até o fim da gestão do governador João Durval em março de 1987. Trabalhou em seguida no gabinete do ministro das Comunicações Antônio Carlos Magalhães e, entre 1988 e 1990, na Telecomunicações da Bahia S.A. (Telebahia) como diretor administrativo da empresa.
Em outubro de 1990, foi eleito deputado à Assembleia Legislativa da Bahia na legenda do Partido da Frente Liberal (PFL), tomando posse do mandato em fevereiro de 1991. Aliado do governador Antônio Carlos Magalhães, reconduzido pela terceira vez à chefia do Executivo estadual, tornou-se presidente do Legislativo baiano em fevereiro de 1993. Assumiu o governo da Bahia em maio de 1994 com a missão de completar o mandato de Antônio Carlos Magalhães, que deixara o cargo de governador no mês anterior para disputar as eleições de outubro do mesmo ano ao Senado Federal. Com a renúncia simultânea de Antônio Carlos Magalhães e do vice-governador Paulo Ganem Souto, candidato situacionista à sucessão estadual, a chefia do Executivo foi ocupada interinamente pelo desembargador Ruy Trindade, presidente do Tribunal de Justiça. Em 2 de maio, Imbassahy foi eleito governador pela Assembleia Legislativa, derrotando o candidato do Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB), deputado estadual José Calmito Fagundes Ledo. Permaneceu à frente do governo do estado durante oito meses, transmitindo o cargo a Paulo Souto em janeiro de 1995.
Em maio de 1995, foi nomeado presidente da Centrais Elétricas Brasileiras S.A. (Eletrobras), em substituição ao engenheiro Mario Fernando de Melo Santos. Na mesma ocasião, o governo Fernando Henrique Cardoso oficializou a inclusão das empresas geradoras do grupo Eletrobrás e da holding federal no Programa Nacional de Desestatização (PND). Sua gestão na Eletrobrás foi marcada pela privatização das duas empresas distribuidoras do grupo federal: a Espírito Santo Centrais Elétricas (Escelsa) e a Light Serviços de Eletricidade, leiloadas em julho de 1995 e em maio do ano seguinte, respectivamente. Nesse ínterim, por solicitação do Ministério de Minas e Energia e conforme recomendação da Comissão Interministerial de Desestatização do Sistema Eletrobrás, a empresa holding federal iniciou processo de concorrência para a contratação de consultores internacionais, tendo em vista a definição de um novo marco regulatório setorial.
No final de maio de 1996, Antônio Imbassahy afastou-se da presidência da Eletrobrás a fim de concorrer às eleições de outubro à prefeitura de Salvador como candidato do PFL. Foi substituído no cargo pelo economista Firmino Ferreira Sampaio Neto. Vitorioso no pleito, assumiu a prefeitura de Salvador em janeiro de 1997, sendo reeleito em outubro de 2000. Em seu segundo mandato, firmou acordo de cooperação técnica com o governo canadense para a instalação de uma termelétrica a gás metano no parque socioambiental de Canabrava, antigo aterro sanitário de Salvador, prevendo o recebimento de créditos de carbono pelo Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL) do Protocolo de Kyoto. Em janeiro de 2005, transmitiu o cargo de prefeito da capital baiana ao economista João Henrique Carneiro. Em setembro do mesmo ano, deixou o PFL, filiando-se ao Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB).
BIOGRAFIA ATUALIZADA POR PAULO BRANDI NO ANO DE 2008
Centrais Elétricas Brasileiras S.A.
Cargo: Presidente da Eletrobras
Início: 1995
Término: 1996
Companhia de Eletrificação Rural do Nordeste
Cargo: Presidente da Cerne
Início: 1979
Término: 1984
Companhia de Eletricidade do Estado da Bahia
Cargo: Presidente da Coelba
Início: 1979
Término: 1984
Companhia de Eletricidade de Manaus
Cargo: Diretor de Produção da CEM
Início: 1978
Término: 1979
Curso: Engenharia Elétrica, na Escola Politécnica da Universidade Federal da Bahia, Salvador, em 1969