Carlos Faria tem formação na área elétrica tanto no nível médio quanto no superior. Em ambos os casos, os cursos foram realizados na Universidade Presbiteriana Mackenzie. Em 1971, concluiu o grau técnico em eletricidade e, seis anos após, formou-se em engenharia elétrica. No período entre 1987 e 1988, fez a pós-graduação em administração de empresas na Fundação Getúlio Vargas (FGV).

A carreira do executivo é toda marcada pelo vínculo direto ou indireto com o setor de energia elétrica, a começar pelos 23 anos em que integrou a equipe da General Electric do Brasil Ltda., atuando como gerente geral, a partir de janeiro de 1976 até dezembro de 1998.

No ano seguinte, assumiu a presidência (CEO) da Augros do Brasil S.A., fabricante de embalagens para perfumes, que era filial do grupo Augros Cosmetic Packaging S.A., com sede em Sarcelles, na França. Ficou pouco tempo nessa que foi a sua única experiência fora da área de energia elétrica. Ficou até junho de 2000.

De volta ao setor elétrico, Carlos Faria se tornou gerente geral da Siemens Brasil Ltda., de junho de 2000 a maio de 2004, atuando no mercado de serviços para transmissão e distribuição de energia elétrica.

Em seguida, o executivo foi convidado para ser o presidente da Prisma Energy Ltda., criada para controlar os ativos operacionais remanescentes da falida Enron S.A. A empresa era sócia da Shell S.A. na Usina Governador Mário Covas, em Cuiabá (MT), termelétrica de 480 MW. Carlos deixou a Prisma Energy Ltda. em junho de 2006 quando a empresa passou a se chamar Ashmore Energy International S.A. e assumiu o controle integral da termelétrica.

O executivo se manteve na área de geração ao aceitar o convite para ser o presidente da Ponte de Pedra Energética S.A., uma associação entre a italiana Impregillo S.A. e a sueca Skanska S.A., que construiu a usina hidrelétrica Ponte de Pedra, com 176 MW de capacidade instalada. A geradora está localizada no rio Corrientes, na divisa entre os estados de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. A entrada de Carlos Faria ocorreu em agosto de 2006, poucos meses depois da inauguração da hidrelétrica, em novembro de 2005.

Encerrado o período de atuação na Ponte de Pedra Energética S.A., em agosto de 2009, Carlos Faria passou a se dedicar a funções mais institucionais, inicialmente atuando como presidente da Associação Nacional dos Consumidores de Energia (Anace), desde setembro de 2009. A função foi exercida simultaneamente, de janeiro de 2011 a dezembro de 2021, ao de diretor do Departamento de Infraestrutura (Deinfra) da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). Houve um grande enfoque nas principais discussões envolvendo a área de energia no período.

Carlos Faria permanece como diretor-presidente da Anace, na qual tem contribuído para a discussão sobre a reestruturação do setor elétrico com enfoque nos impactos econômicos e tecnológicos sobre os consumidores.

Em 2021, o executivo foi escolhido um dos 100 Mais Influentes da Energia na Década, em premiação do Grupo Mídia.