Mário França Ennes formou-se engenheiro civil em 1947 pela Escola Nacional de Engenharia da Universidade do Brasil, atual Escola Politécnica da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

Em 1948, viajou à Inglaterra num grupo de oito engenheiros recém-formados, a convite do British Council, para visitas a fábricas e instituições de pesquisas industriais nas cidades de Londres, Birmingham, Manchester e Liverpool.

Em 1952, elaborou a proposta apresentada pela firma TH. Marinho de Andrade Construtora para a concorrência das obras civis da hidrelétrica Rio Bonito, localizada no rio Santa Maria de Vitória, Espírito Santo. Promovida pelo governo capixaba, a concorrência foi vencida pela Cia Construtora Nacional e pela AEG Sul Americana de Eletricidade, responsáveis pela construção e a montagem eletromecânica da usina, inaugurada em 1959 pela empresa estadual Espírito Santo Centrais Elétricas.

Foi diretor e vice-presidente da Bandeira de Mello Engenharia e Comércio, firma importadora de máquinas para mineração e empreiteiros de estradas e obras públicas. Também foi ligado profissionalmente à Construtora Mineira e outras empreiteiras, como a Construtora Rabello e Custódio Braga Engenharia e Construções (Braenco).

Fundador e diretor-presidente da Federal, Engenharia e Comércio (Fenco) no período de 1958 a 1975, foi responsável, entre outras obras, pela construção de uma barragem de Saracuruna, no rio de mesmo nome, destinada ao abastecimento d’água da Refinaria Duque de Caxias, da Petrobras, no Rio de Janeiro. Colaborou também nas obras de instalação da refinaria.

Atuou ainda como diretor da empresa Nacex – Industria e Comércio entre 1961 e 1963.

Foi responsável pela instalação da central de concreto do canteiro de obras da usina hidrelétrica de Furnas. Colaborou em projetos e serviços de engenharia nas usinas de Paulo Afonso (Chesf), Salto Grande (Cemig) e na construção de túneis e viadutos da rodovia Rio-Petrópolis e nas obras da Ferrovia do Aço.

Documentos do acervo pessoal de Mario França Ennes foram doados pelo seu filho Mario Paulo Guimarães Ennes ao Centro da Memória da Eletricidade no Brasil.

Faleceu em 17 de julho de 1989.