A entrada em cena das empresas estatais e a criação da Eletrobras

1950-1962

1950

A ação direta do Estado foi fundamental para a expansão do setor na década de 1950. Empresas públicas como a Chesf, Cemig e Furnas assumiram papel proeminente ao lado das companhias estrangeiras já instaladas no país. Entre os empreendimentos realizados ou iniciados na época, merecem destaque as usinas de Paulo Afonso, Furnas e Três Marias. A intervenção do Estado, consolidada com criação da Eletrobras, modificou a base produtiva e a estrutura de propriedade do setor.

A ação direta do Estado foi fundamental para a expansão do setor na década de 1950. Empresas públicas como a Chesf, Cemig e Furnas assumiram papel proeminente ao lado das companhias estrangeiras já instaladas no país. Entre os empreendimentos realizados ou iniciados na época, merecem destaque as usinas de Paulo Afonso, Furnas e Três Marias. A intervenção do Estado, consolidada com criação da Eletrobras, modificou a base produtiva e a estrutura de propriedade do setor.

1950

Racionamentos em São Paulo e no Rio de Janeiro

Na primeira metade da década de 1950, as empresas do grupo Light enfrentaram dificuldades para atender à crescente demanda de energia elétrica em São Paulo e no Rio de Janeiro. O desequilíbrio entre a oferta e a demanda foi agravado em anos de estiagem mais severa. Os racionamentos foram constantes, a despeito da entrada em operação de novas usinas como a termelétrica de Piratininga em São Paulo e a hidrelétrica de Nilo Peçanha no complexo de Ribeirão das Lajes no Rio de Janeiro.

1950

Racionamentos em São Paulo e no Rio de Janeiro

Na primeira metade da década de 1950, as empresas do grupo Light enfrentaram dificuldades para atender à crescente demanda de energia elétrica em São Paulo e no Rio de Janeiro. O desequilíbrio entre a oferta e a demanda foi agravado em anos de estiagem mais severa. Os racionamentos foram constantes, a despeito da entrada em operação de novas usinas como a termelétrica de Piratininga em São Paulo e a hidrelétrica de Nilo Peçanha no complexo de Ribeirão das Lajes no Rio de Janeiro.

1951

O segundo governo Vargas e os projetos na área de energia

Em 1951, Getúlio Vargas voltou ao poder como presidente eleito pelo voto popular, preconizando uma política desenvolvimentista baseada na maior intervenção do Estado na economia. Na área energética, além dos projetos da Petrobras e do Plano do Carvão Nacional, Vargas encaminhou ao Congresso os projetos de lei sobre o Fundo Federal de Eletrificação e o Imposto Único sobre Energia Elétrica (IUEE), o Plano Nacional de Eletrificação e a criação da Centrais Elétricas Brasileiras (Eletrobras).

1951

O segundo governo Vargas e os projetos na área de energia

Em 1951, Getúlio Vargas voltou ao poder como presidente eleito pelo voto popular, preconizando uma política desenvolvimentista baseada na maior intervenção do Estado na economia. Na área energética, além dos projetos da Petrobras e do Plano do Carvão Nacional, Vargas encaminhou ao Congresso os projetos de lei sobre o Fundo Federal de Eletrificação e o Imposto Único sobre Energia Elétrica (IUEE), o Plano Nacional de Eletrificação e a criação da Centrais Elétricas Brasileiras (Eletrobras).

1952: Kubitschek cria a Centrais Elétricas de Minas Gerais (Cemig)

O presidente Juscelino Kubitschek e Mario Bhering em visita à Usina Hidrelétrica Três Marias. Sem data. Cemig.

1952

Kubitschek cria a Centrais Elétricas de Minas Gerais (Cemig)

Fundada em maio de 1952 pelo governador Juscelino Kubitschek, a Centrais Elétricas de Minas Gerais (Cemig) destacou-se como uma das mais bem-sucedidas empresas públicas do setor elétrico brasileiro. Traçado pelo engenheiro Lucas Lopes, primeiro presidente da empresa, o programa de geração inicial da Cemig compreendeu a construção de seis hidrelétricas, somando 250 MW.

1952

Kubitschek cria a Centrais Elétricas de Minas Gerais (Cemig)

Fundada em maio de 1952 pelo governador Juscelino Kubitschek, a Centrais Elétricas de Minas Gerais (Cemig) destacou-se como uma das mais bem-sucedidas empresas públicas do setor elétrico brasileiro. Traçado pelo engenheiro Lucas Lopes, primeiro presidente da empresa, o programa de geração inicial da Cemig compreendeu a construção de seis hidrelétricas, somando 250 MW.

1956

JK e a meta da energia elétrica

A política desenvolvimentista do presidente Juscelino Kubitschek foi definida no célebre Plano de Metas, contendo programação de investimentos nas áreas de energia, transportes, indústrias de base, educação e alimentação, além da construção de Brasília como meta-síntese. No setor elétrico, a meta era um aumento da potência instalada em 5.000 MW no prazo de dez anos. Entre os empreendimentos de maior peso, destacavam-se as hidrelétricas de Furnas e Três Marias, em Minas Gerais.

1956

JK e a meta da energia elétrica

A política desenvolvimentista do presidente Juscelino Kubitschek foi definida no célebre Plano de Metas, contendo programação de investimentos nas áreas de energia, transportes, indústrias de base, educação e alimentação, além da construção de Brasília como meta-síntese. No setor elétrico, a meta era um aumento da potência instalada em 5.000 MW no prazo de dez anos. Entre os empreendimentos de maior peso, destacavam-se as hidrelétricas de Furnas e Três Marias, em Minas Gerais.

1959

Encampação da CEERG pelo governo gaúcho

Em maio de 1959, a Companhia de Elétrica Rio-Grandense (CEERG), subsidiária do grupo Amforp, foi encampada pelo governo do Rio Grande do Sul pelo preço simbólico de um cruzeiro, passando à administração da CEEE. A encampação suscitou longa batalha judicial, envolvendo altos escalões diplomáticos dos governos do Brasil e dos Estados Unidos.

1959

Encampação da CEERG pelo governo gaúcho

Em maio de 1959, a Companhia de Elétrica Rio-Grandense (CEERG), subsidiária do grupo Amforp, foi encampada pelo governo do Rio Grande do Sul pelo preço simbólico de um cruzeiro, passando à administração da CEEE. A encampação suscitou longa batalha judicial, envolvendo altos escalões diplomáticos dos governos do Brasil e dos Estados Unidos.

1960

A criação do Ministério das Minas e Energia

Em 22 de julho de 1960, o presidente Kubitschek sancionou a Lei nº 3.782 que criou o Ministério das Minas e Energia (MME). O novo ministério foi instalado em fevereiro do ano seguinte pelo presidente Jânio Quadros, tendo como primeiro titular o político paraibano João Agripino. Nessa altura, o elenco de empresas públicas de energia elétrica já incluía numerosas concessionárias estaduais como a Companhia Paranaense de Energia Elétrica (Copel), a Centrais Elétricas de Santa Catarina (Celesc), a Companhia de Eletricidade do Estado da Bahia (Coelba), a Companhia de Eletricidade de Alagoas (Ceal) e a Centrais Elétricas do Maranhão S.A. (Cemar).

1960

A criação do Ministério das Minas e Energia

Em 22 de julho de 1960, o presidente Kubitschek sancionou a Lei nº 3.782 que criou o Ministério das Minas e Energia (MME). O novo ministério foi instalado em fevereiro do ano seguinte pelo presidente Jânio Quadros, tendo como primeiro titular o político paraibano João Agripino. Nessa altura, o elenco de empresas públicas de energia elétrica já incluía numerosas concessionárias estaduais como a Companhia Paranaense de Energia Elétrica (Copel), a Centrais Elétricas de Santa Catarina (Celesc), a Companhia de Eletricidade do Estado da Bahia (Coelba), a Companhia de Eletricidade de Alagoas (Ceal) e a Centrais Elétricas do Maranhão S.A. (Cemar).

1962: A constituição da Eletrobras

Cerimônia de criação da Eletrobras no Palácio Laranjeiras, Rio de Janeiro, RJ: João Goulart discursa ao lado do primeiro-ministro Tancredo Neves. 11 de junho de 1962. Agência O Globo.

1962

A constituição da Eletrobras

A criação da Eletrobras foi aprovada com a promulgação da Lei nº 3.890-A, de 25 de abril de 1961. A empresa foi constituída em 11 de junho de 1962, no governo João Goulart, tendo como primeiro presidente o engenheiro Paulo Richer. A Eletrobras assumiu as características de uma empresa holding, controlando inicialmente quatro subsidiárias: Chesf, Furnas, Chevap, e a Termoelétrica de Charqueadas (Termochar), responsável pela construção da usina a carvão de Charqueadas (RS).

1962

A constituição da Eletrobras

A criação da Eletrobras foi aprovada com a promulgação da Lei nº 3.890-A, de 25 de abril de 1961. A empresa foi constituída em 11 de junho de 1962, no governo João Goulart, tendo como primeiro presidente o engenheiro Paulo Richer. A Eletrobras assumiu as características de uma empresa holding, controlando inicialmente quatro subsidiárias: Chesf, Furnas, Chevap, e a Termoelétrica de Charqueadas (Termochar), responsável pela construção da usina a carvão de Charqueadas (RS).